Tuesday, June 16, 2009

MCK

MC Katrogipolongopongo, MCKA lot of American rappers like to say they are from the ‘hood’. Such ‘hoods’ still usually have running water and electricity. MC Katrogipolongopongo (or just MC Kapa if you don't feel like a tongue twister right now) is from the real ‘hood’, the one in Luanda with no running water, electricity, or discernible sewage system. By comparison, wherever 50 Cent is from would be a huge upgrade in living standards. Speaking of 50 Cent, when he went to Luanda to give a concert a couple of years ago, his chain was stolen onstage, mid song. He refused to continue with the show unless his chain was returned…it was never returned, and the show ended then and there. 50 hasn't been back to Angola since.

My fascination with MCK goes awhile back, and his rise to become one of Angolan’s most talented and controversial rappers was meteoric. His first album, the one that put his name on people’s lips, wasn’t even available in stores. Radios refused to play it. I had to buy it from a mutual friend for a couple of kwanzas, and the friend had gotten in directly from MCK himself. It was a hastily labeled CD with no pics of MCK and a cracked jewel case. Inside were several explosive tracks that, while very cheaply produced, packed a lot of punch. MCK rapped skillfully about many of the social and political ills that Angola’s repressive government pretends don’t exist. The lyricism was fresh and witty, and his rap is African (he frequently samples Salif Keita), but initially MCK wanted none of the fame that came with rapping, as he was scared for his life because of the content of his rhymes. No one knew his real identity or what he looked like. His fears were confirmed when a street kid was killed by a disgruntled presidential guard for singing one of MCK’s songs.

The man has come a long way. He no longer fears the regime and regularly performs around the country and even abroad (he gave very popular concerts in Brazil). His face is well known now and I shook his hand in front of the cleaners near my house in Luanda one time, sheepishly telling him I was a big fan. The songs featured here are a lot better produced and are from his second album, Nutrição Espiritual. His audience is growing healthily…foreign journalists like the BBC’s Lara Pawson have very nice things to say about him.

Vitima do Sensacionalismo
O Silencio Tambem Fala
Revolta Inteligente

Muitos rappers americanos gostam de dizer que vieram do ‘hood’, a zona perigosa e pobre. O tal hood normalmente dispõe de água e eletricidade. Se isto é realmente hood, então o bairro de lata, vulgo musseque, de donde vem o MCK não sei o que é. No bairro de MCK não tem luxos como eletricidade diária, nem água potável, e muito menos sistema de esgotos. Comparando bem as coisas, o hood de 50 Cent seria um upgrade. Porque como 50 Cent bem conhece, Luanda é ‘male perigoso’. Ate hoje ele não se dever ter esquecido de como lhe roubaram o fio em pleno concerto no Cine Karl Marx.

Mas de volta ao MC Katrogipolongopongo, ou simplesmente MC Kapa. A minha fascinação com o homem já e desde há um bom tempo, e a maneira como ele conquistou o mercado e os aficionados do hip hop luso foi admiradora. Nunca longe de controvérsias por causa do conteúdo político dos seus raps, o seu primeiro álbum, o que lhe fez minimamente famoso, nem sequer foi vendido em lojas. Tive que o adquirir de um amigo comum, que por sua vez recebeu o cd diretamente de MCK. Era um CD com o titulo “Trincheira de Idéias” escrito a mão, numa embalagem rachada e sem qualquer foto do cantor. Mas o seu conteúdo era explosivo, som após som que criticava o regime e dizia verdades picantes. A qualidade sonora era horrível, mas o budget do homem era inexistente. O rap era distintamente e orgulhosamente africano (MCK não sampla muito outros rappers, mas sim ao Salif Keita, por exemplo). Tão inconveniente era o conteúdo do álbum, que um puto de rua foi morto por um guarda do presidente por ousar cantar uma das canções do MCK. Por estas e outras razoes a identidade de MCK era segredo durante muito tempo.

Desde então, o MC do Bairro da Lata, como também é conhecido, percorreu um longo caminho. Hoje em dia já não teme pela sua vida e a sua cara é conhecida. Vi lhe ao lado da minha casa numas férias passadas e o reconheci, timidamente o dizendo que sou um ‘granda fã’. Faz concertos normalmente, em Luanda e no estrangeiro, principalmente no Brasil onde aos poucos está sendo conhecido. Os sons partilhados aqui são do seu segundo álbum, Nutrição Espiritual, que já é uma coisa seria e com uma qualidade sonora profissional (alguns temas foram produzidos pelo conhecido Conductor, dos Buraka). A sua base de fãs continua a crescer – ate a jornalista da BBC, Lara Pawson, é uma fã assumida.


MCK Myspace

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