Monday, August 2, 2010

Luanda International Jazz Festival 2010: O Rescaldo (I)

I thought I'd be able to complete the Countdown Series before the Festival started. Big mistake number one. I thought I'd have time to sleep during the weekend of the Festival. Big mistake number 2. But what happened in Luanda over the last 3 days was unforgettable. Never before had so many jazz greats been in the same city and shared the same stage around these parts. And for those who attended the jam session at Hotel Talatona after the last concert on Sunday, and watched the Angolan Simons Massini jazz it out with George Benson while Joe Sample and Chucho Valdés banged the keyboards, those are images that stay with you for a lifetime. I bet I wasn't the only one pinching myself to make sure I wasn't dreaming.

Never before has Southern Africa seen a jazz event of this magnitude performing for a single jazz festival. Not even our good friends from the Cape Town Jazz Festival. The lineup was insane: Joe Sample, Randy Crawford, George Benson, Chucho Valdés, Ronny Jordan. Those are only the jazz heavyweights. Then you had the likes of Oliver Mtukudzi, Freshlyground, 340ml, Wyza, and Lura. And when called upon, the Angolans didn't disappoint and held their own, especially that man João Oliveira.

My mind hasn't yet had time to process what I've seen and heard last weekend. The older folks keep telling me I'm too young to be able to understand what just happened in Luanda, and what it means for its jazz scene. Benson moved people to tears at Cine Atlântico; the nation's President came to see him but ended up coming earlier and leaving later than planned, such was the allure of the music on show. And when you think that this Festival can't be topped, next year's will be bigger and better.

I'll leave you with Todii by Oliver Mtukudzi, which he sang to great aplomb on the opening day. Tuku was the best African artist on display and for me, one of the top 5 musicians of this Festival. Sprightly and with killer moves, he made people stand up and take notice.

*More rescaldos (reviews) coming soon, and with music!

Todii

Pensei que ia poder terminar o Countdown Series antes do início do Festival. Primeiro grande erro. Pensei também que ia poder dormir durante o fim de semana do Festival. Segundo grande erro. Mas o que aconteceu em Luanda durante os últimos três dias foi inesquecível. Nunca antes a África Austral viu tantos grandes nomes do jazz mundial reunidos numa só cidade, partilhando um só recinto E para aqueles que tiveram a honra de, no Hotel Talatona numa jam session horas depois do fecho do festival, ver o angolano Simons Massini a tocar taco a taco com o grande George Benson enquanto o Chucho Valdés e o Joe Sample tocavam o piano, fica aqui a pergunta: aquilo foi um sonho? Imagens como aquelas, sensações como aquelas, ficam connosco durante uma vida.

Algo igual a este Festival jámais foi visto por estas paragens. Jazz desta magnitude, num só festival, só mesmo nos Estados Unidos ou nos palcos europeus. Nem os nossos kambas em Cape Town tiveram um elenco desses que se viu cá na cidade da Kianda. Joe Sample, Randy Crawford, Chucho Valdés, Ronny Jordan, o grande George Benson. Os nomes foram sonantes, mas as actuações ainda mais. Muitos destes artistas não esperavam a recepção que tiveram, não esperavam uma sala cheia a entoar as suas composições. Oliver Mtukudzi, Freshlyground, 340ml, Wyza, Lura. Estes últimos não são jazzisticos própriamente falando, mas deram um outro brilho e sonoridade ao Festival. E os angolanos, principalmente o João Oliveira (e o já mencionado Wyza), não deixaram os seus créditos em mãos alheias.

A minha mente ainda não teve tempo de processar o que acabou de ver durante os últimos três dias. Os kotas estão sempre a me dizer, "Tú és muito jovem para compreender o que acabou de acontecer em Luanda." O Benson fez pessoas chorarem no Cine Atlântico; o próprio Presidente, que se dizia só vinha assistir ao Benson, chegou mais cedo e foi-se mais tarde, só depois de tocar o Blick Bassy. E quando pensas que este evento não pode ser superado, olha que segundo o DG da Ritek, o do próximo ano vai ser melhor e maior.

Fiquem com Todii lá em cima, uma das músicas entoadas pelo surpreendente Oliver Mtukudzi, que foi para mim o melhor artista africano neste Festival e seguramente entre os 5 melhores desta edição. Grande Kota Tuku, que mesmo com a idade que tem, ainda dança no palco (e que danças!) e faz levantar o povo.

*Mais rescaldos a vir aí, e com música!

-Photo 1: The amazing Tuku on the Palanca Stage / O Grande Tuku no Palco Palanca
-Photo 2: 340ml on the Welvitcha Stage / 340ml no Palco Welvitcha

2 comments:

Salucombo_Jr. said...

mano, também é por isso que digo que "somos" de alguma forma privilegiados!
sinto que muitas vezes são poucas as oportunidades que nos africanos temos de presenciar bons momentos protagonizados por bons artistas africanos e o festival deu-nos esse prazer e por isso estamos todos agradecidos.

o Kota Tuku acabou comigo.
abraços

Claudio Silva said...

Podes crer mano Salucombo...fomos realmente privilegiados.

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