Sunday, June 5, 2011

Adeus, Madredeus

I learned from writer Philip Graham that Madredeus' new album, Castelos na Areia, marked the end of the band's storied career. What sad news - all good things in life really do come to an end. In reality, the band was never quite the same after Teresa Salgueiro's departure in 2007, but nonetheless they reinvented themselves, added 'Banda Cósmica' and attempted to modernize their sound with the addition of percussion and electronic elements, while at the same times staying grounded in tradition with the addition of a harpist. But the truth is that the band, formed in 1985, have decided to call it a night due to a variety of reasons, among them lack of funds and the muted dissemination of their latest albums. Below are a couple of tracks from their latest album, Castelos na Areia.

Se Todos os Rios Vão Dar ao Mar
Até Bem Longe

Soube do escritor Philip Graham que o álbum Castelos da Areia marca o fim dos Madredeus, uma das bandas mais emblemáticas de Portugal e a que mais sucesso obteve a volta do mundo. Todas as coisas boas na vida têm o seu fim, e Madredeus não foge a regra. Na realidade, sinto que a banda nunca foi a mesma após a saída da Teresa Salgueiro em 2007. Porém, souberem jogar com o sucedido e reinventaram-se, adicionando percurssão e elementos electronicos nas suas músicas. Alteraram o nome para 'Madredeus & A Banda Cósmica'. Numa de manter laços com a música clássica e a tradição, também adicionaram uma harpista à banda. Mas a verdade crua é que a banda, activa desde 1985, carece de mais apoio. Segue, na íntegra, a press release de Pedro Ayres Magalhães, membro fundador dos Madredeus:


"…actualmente os Madredeus não têm meios para continuar a contratar um grupo tão numeroso de artistas, já que os concertos são pequenos, as rádios  e a televisão não divulgam a nossa nova música e os discos vendem quantidades irrisórias: em face deste deserto, decidimos ainda assim investir as nossas economias na gravação de mais um disco com este espectacular grupo de músicos, já que não imaginamos quando voltaremos a ter condições para trabalhar com um grupo assim…”

A orquestra desfez-se em Dezembro. No total, os Madredeus e a Banda Cósmica produziram em dezoito meses, três álbuns de originais, com 34 canções novas, e realizaram 21 concertos em Portugal, três na Polónia, dois em Espanha e um no Brasil. Os interessados podem se documentar sobre a carreira da banda em www.madredeus.com

"…Embora tenhamos ficado muito surpreendidos com a fraca resposta que obtivemos à nossa nova orquestra, damos o nosso esforço por bem empregue, já que conseguimos boas gravações, bons arranjos e um som muito original, que alguém, um dia, poderá aproveitar.

A nossa ideia é dotar o universo da lingua e cultura portuguesa de uma expressão moderna e cosmopolita, uma expressão amorosa e cheia de esperança, já que infelizmente, a pobreza e os protestos em Portugal, as consequências de décadas de guerra em Africa e o crescimento económico do Brasil, tornam mais altas e justas as vozes angustiadas e pouco se liga ás invenções artísticas. Ainda assim aqui fica o nosso contributo para esses dias do futuro, quando  as populacões que entendem português, mais satisfeitas com as suas casas e o seu modo de vida, possam animar-se a ouvir o que se cantou em português, neste princípio do século XXI…”

Em “ Castelos na Areia ” os Madredeus & A Banda Cósmica alinharam as suas últimas onze novas canções, baladas, grooves, dramas,  danças  e desafios… …”Adoramos este album”…

18 de Outubro de 2010
Pedro Ayres Magalhães

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